segunda-feira, 12 de junho de 2017

Formação

Dissemos que só o que se aceita interiormente passa a ser seu próprio ser, de maneira que cabe falar de formação e crescimento, o que só percebem os sentidos e o entendimento continua sendo possessão exterior.

domingo, 21 de maio de 2017

Vocação prática e investigadora

"Mas ainda neste caso, a inclinação e a aptidão para o exercício prático será tanto menor quanto mais forte seja a vocação investigadora."

Uma vocação não elimina a outra.
Mas, é tão interessante o que Edith Stein disse que quanto mais forte a vocação investigadora, menor será o lado prático. (p.226)

Isso precisa ser levado em conta quando olhamos para os alunos e vemos que alguns possuem uma forte vocação investigadora, às custas da falta do espírito prático, que às vezes, pode ser percebido, como aluno preguiçoso, desleixado, na verdade, esse aluno tem uma vocação para a investigação. E, não para organizar cadernos, fichar matéria, coisas assim.

De outra parte, onde está sobrando o espírito prático, o aluno não vê sentido no "estudo", na investigação, o aluno tem grande energia para trabalhos que necessitem de praticidade, rapidez, ou talvez força, mas pouca ou nenhuma disposição em sentar e ouvir, copiar e ler.
E muitas vezes, associamos isso a uma espécie de mau comportamento, de um desvio, como se houvesse um problema com o primeiro tipo de pessoa e um problema com o segundo tipo. Na verdade, temos que ajudá-los para que possam ser configurados de tal forma que cheguem a ser aquilo que foram chamados a ser.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

O vestido da mulher. Um problema pedagógico

A. Autorização da moda. Necessidade de vigilância (sobre excessos de vaidade e faltas contra leis eternas)

B. 1. O vestido moderno da mulher necessita uma especial atenção por parte do educador já que:
I. ele expõe sua pureza
II. ele põe em perigo a pureza dos demais
III. ele renega a feminilidade

2. Como pode atuar contra isso a educação?
I. Com o bom exemplo
II. Com uma adequada instrução
III. Com ordem e castigo

C. A moda com símbolo da época

(STEIN, Op. Cit,)

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Educação ascética para a professora

Há algumas semanas, deparei-me com uma definição do que seria uma educação ascética. Essa definição pareceu-me clara e acertada, porém entrou em choque com algo que havia se estabelecido dentro de mim como ascese. A prática de jejuns e mortificações tem um resultado muito fecundo, e isso já era algo positivo. 
No entanto, a ascese por si só não é o cristianismo. A razão de minha confusão inicial com a nova definição de Edith Stein é que havia me esquecido do D>d>p, (a Doutrina é maior que o discurso que é maior que a palavra, já falei sobre isso aqui). 
Segundo a definição de Stein, e educação ascética é a configuração da alma para as verdades de fé. Logo, está em deixar o que você pensa para aceitar as verdades de fé. 

"Por isso, a mestra necessita de uma formação mais profunda possível em dogmática e em ascética. Também é bom, é claro, a apologética, mas a outra parece mais importante: os argumentos já concluídos, por corretos que estejam, tem, com frequência, pouca força persuasiva. Mas aquele cuja alma está configurada pelas verdades da fé - e a isto chamo educação ascética - encontra sempre as palavras que para este ser humano e que para este instante são as adequadas." (STEIN, 2003, p. 81)
Uma verdade de fé é algo que sabemos porque Ele nos disse. Uma dessas verdades é essa: "Ele não nós há deixado como órfãos, mas nos há enviado o Espírito para que nos ensinasse toda verdade." (STEIN, 2003, p. 398)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Em estado de jornada

"Os alunos e educadores são seres humanos "em estado de jornada ". Clarifiquemos ainda mais como a natureza humana está "em estado de viaandantes". Corpo e alma são uma unidade: o espírito necessita do corpo como instrumento do conhecimento - posto que o conhecimento humano se baseia sobre dados sensoriais, e como consequência, está ligada aos órgãos corporais - e como instrumento de suas ações, mas este instrumento indispensável lhe é ao mesmo tempo um impedimento: os sentidos estão submetidos ao engano, as debilidades e enfermidades do corpo impedem o espírito na hora de levar a cabo seus projetos; e as necessidades do corpo forçam o espírito em seu serviço; é próprio da natureza decaída que os instintos corpóreo-sensoriais não queiram subordinar-se ao espírito, que anseiam o domínio e, se cede, sufocam toda a vida espiritual superior. O homem é capaz de conhecer, mas está submetido ao erro,  dá "como certo" acriticamente ao que os sentidos atestam, ou senão procede conforme as leis do pensamento (em sentido puramente lógico). O homem tem conhecimento do bem, e sua consciência lhe diz, em casos concretos, o que tem que fazer. Mas a vontade nem sempre tende ao que há sido compreendido como um bem, se deixa determinar pelos instintos sensíveis."(STEIN, 2003, p. 426)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A imagem da psicologia profunda e suas repercussões pedagógicas

"Para o fundador da psicanálise - e para grandes grupos que, se bem estimulados em um primeiro momento por ele, hoje adotam posições contrárias em pontos importantes - as forças profundas que determinam a vida em qualidade de poderes invencíveis são os instintos do homem". (STEIN, 2003, p. 565)

O fundador da psicanálise é Freud e para ele, segundo Stein, no íntimo do homem, com poderes invencíveis, estão os instintos, ou seja, pela programação humana, a vida instintiva é que tem a última palavra no caso do homem. Acontece que isso não é verdade, (para o cristão). 

domingo, 29 de janeiro de 2017

De razão e liberdade

Com aquele quadro de Aristóteles, já explicado em outro lugar, chegamos a conclusão que o homem é dotado de razão e liberdade.
É notado que, em algum momento, passou-se a falar de outra díade, inteligência e vontade, para falar no lugar de razão e liberdade, respectivamente.
Pois Edith Stein, no seu tempo, notou que as pessoas não sabem mais o que é inteligência, nem o que é vontade, por isso, ela usa outro par, verdade e claridade, no lugar, respectivamente, de inteligência e vontade.